segunda-feira, 14 de julho de 2014

O treinador-trabalhador(Roth) e o estranho Legado.



Certa vez o Tite fêz um extraordinário 3-5-2. (2001)
Tinha um esquema com 2 laterais que avançavam. Anderson Lima e Rubens Cardoso.
Depois estupraram o 3-5-2.
Jogavam no 5-3-2.
Tostão era um critico disso.
Fizeram do 3-5-2 um 5-3-2 super-retrancado.
E o pior.Diziam que era o tal do 3-5-2.
Certa vez o treinador-trabalhador deslocou um zagueiro para a lateral esquerda.
Não passou uma vez da linha do meio de campo.
E os retranqueiros diziam que o treinador-trabalhador estava jogando no 3-5-2.(?)
Achei que o Legado da Copa seria o futebol apresentado pela Alemanha.
Um time com aproximação.
Sem a bola quase todos defendem.
E atacam com velocidade.Muitas vezes em bloco.
Em 2 partidas contra Portugal e Brasil fizeram 11 gols.
Cada um enxerga o que quer
Ontem à noite ouvi várias pessoas dizendo em veículos de comunicação Abaixo do Mampituba o seguinte:
" O futebol da Copa mostrou que deve-se jogador fechadinho."
Chegaram a lembrar o treinador-trabalhador.
A turma do 'pontinho fora" estava em extase.
Justo Guerra chegou a dizer de que Felipão perdeu "porque não jogou por uma bola só".
Ontem  a Argentina perdeu 3 bolas do jogo.
E várias vezes rondou com perigo a área da Alemanha.
Este modelo não é o dos meus sonhos.Mas me serve.
Assim como serve o modelo que a Argélia  fêz contra a própria Alemanha.
Eu prefiro o futebol alemão e o holandês.
Mas isto é utopia no Texas (RS).
No futebol nós vivemos o tempo das diligências

Já estou preparado.
Vão me falar que o Legado da Copa é "jogar fechadinho".
E vão esquecer da parte mais importante: chegar no gol.
A Copa do Brasil está aí.
Os corneteiros da Redenção vão ouvir os velhos e surrados clichês:
"Voltar vivo de São Paulo..."
"Trazer um pontinho fora"
"Povoar o meio-campo e esperar uma bola".
"Jogar pelo regulamento".
Na quarta-feira vamos voltar ao brasileirão.
Desde a era dos pontos corridos (2003) nenhum time gaúcho venceu o brasileiro.
Chegaram perto algumas vezes.
Mas perderam por causa "do pontinho fora".
Fomos buscar "um pontinho fora" contra a Portuguêsa em 2008 e perdemos.
Aconteceu contra o Vitória na Bahia.
O ano de 2008 é a maldição do "pontinho fora".
Mirávamos 1 na reta final do campeonato.
E não lutávamos por 3.
Campeão brasileiro é o que mais ganha fora de casa.
Mas vão custar muito a acreditar nisso.